A Ilha de Páscoa faz parte da região de Valparíso, pertecente ao Chile, ela fica a 4.000km de qualquer outro continente ou ilha, realmente é um lugar muito isolado, por este motivo, há pouquíssimos voos de Santiago para a Ilha (no inverno, tem apenas um voo por dia e na alta temporada, chega a ter dois voos diários). A estrutra da ilha é bastante rústica, mas nosso guia Sebastian contou que há escolas para estudantes de até 18 anos.
A ilha vive do turismo, e a parte mais famosa são as estátuas Moai, feitas pela população chamada Rapa Nui, que viveram entre os anos 1200 a 1700 DC. Essas estátuas, eram feitas por esse artesão por encomenda. Eles acreditavam que um morto precisava de um Moais para poder “incorporar “e ficar na aldeia e para proteger, trazer boa sorte e prosperidade, então eles eram colocados em cima do mausoléu daquela pessoa/familia. A ilha tinha diversos povos que obedeciam a Tapu, uma lei que permitia que eles se auto governassem.
Segundo a teoria mais consensual sobre a ilha, os Moai teriam sido erguidos pelos primeiros habitantes, os "Rapanui", como homenagem aos líderes mortos, o que explicaria o fato deles estarem de costas para o mar, ou seja, de frente para o interior da ilha onde ficavam as aldeias. No entanto outras teorias avaliam que talvez os Moais tenham servido como para-raio para a ilha - onde a incidência de chuvas e raios é muito alta. Os pukao, chapéu das estátuas mais distantes e próximas à costa, teria servido como condutor de eletricidade, ajudando a preservar as estátuas.
Fomos visitar o parque nacional Puna Pau, onde fica o povoado que faziam os Moais.
Esse é o mais famoso Moai, chama-se Hinariru.
A proporção dos Moai é de 1/3 para cabeça e 2/3 para o corpo, portanto há muitos Moais que vimos apenas a cabeça, pois o restante ja tinha sido escavado. Eles esculpiam os Moais no alto de uma montanha de pedra, primeiramente era feito toda a face central e depois viravam ele para baixo para terminar a outra parte. O maior Moai encontrado tem 21 metros e pesa 180 toneladas.
Uma das funções do Tumuiviatua, um sacerdote, era manter a mesma forma dos moais. Mas, em 1956 foi descoberto um Moai diferente, ele é chamado de Tituri, de cócoras e até hoje eles não conseguem explicar o porquê dessa diferença.
Além de caminhar por essa área que era a “fábrica de moais” fomos a Tonariki, local onde fica o maior altar de Moais. Essa plataforma com 15 Muais tem 250 metros de comprimento e é a maior plataforma do Pacífico Sul. O mais alto desses 15 Moais mede 8,40 metros.
Esse altar e os Moais foram restaurados com a ajuda do Japão, porém, a primeira remessa de dinheiro não foi o suficiente, então eles decidiram levar esse Moai para o Japão e fazer uma exposição itinerante para pedir doação à população japonesa e assim, com os 5 milhões de dólares arrecadados, conseguiram acabar a restauração dos Moai. Imaginem só levar esses Moais imensos para o Japão!!!
O Moai da foto acima tem mãos com unhas compridas abaixo da barriga e segundo o guia, quanto mais compridas são as unhas, mais nobres eles eram, pois a unha comprida era sinal que ele não precisava trabalhar e que tudo era servido a ele.
Os Moai eram produzidos na vila e transportados por toda a ilha, até hoje não existe uma explicação completa de como eles transportavam, mas sabe-se que era a pé. Os antigos diziam que os Moais caminhavam pela ilha.
O altar Te Pito Kura é conhecido por seu único Moai chamado Paro. Acredita-se que esse seja o maior Moai transportado. Ele tem 10 metros de altura e calcula-se o peso em 80 toneladas.
Vale a pena conhecer também o Mirador Rano Kau, que além de ter uma vista linda, é possível ver cratera de um vulcão extinto. Outro ponto importante da ilha é chamada Anakena, lugar de nascimento da cultura Rapa Nui, lá fica um altar menor localizado na praia.
A IIha de Páscoa intriga e impressiona, civilizações antigas com tanto significado e com tanta tecnologia. Vale a pena conhecer e ver o pôr de sol incrível do pacífico!